"Há tantos anos me perdi de vista que hesito em procurar me encontrar. Estou com medo de começar. Existir me dá às vezes tal taquicardia. Eu tenho tanto medo de ser eu. Sou tão perigoso. Me deram um nome e me alienaram de mim." - Clarice Lispector.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Duras, cavernosas fragas...

Sobre estas duras, cavernosas fragas

Sobre estas duras, cavernosas fragas
Que o marinho furor vai carcomendo,
Me estão negras paixões n'alma fervendo
Como fervem no pego as crespas vagas,

Razão feroz, o coração me indagas,
De meus erros a sombra esclarecendo,
E vás nele (ai de mim!) palpando e vendo
De agudas ânsias, venenosas chagas

Cego a meus males, surdo a teu reclamo,
mil objetos de horror co'a ideia eu corro,
Solto gemidos, lágrimas derramo.

Razão, de que me serve teu socorro?
Mandas-me não amar, eu ardo, eu amo;
Dizes-me que sossegue, eu peno, eu morro.
Manoel Maria Barbosa du Bocage.

~*~
Música:
"Desejado" - Manacá
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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Sentimentos


Tudo fica tão estranho quando se trata de sentimentos. É tudo tão vago. É difícil demonstrar, é difícil querer mostrar, e, ainda mais, é difícil não querer mostrar.
É igualmente difícil, por exemplo, tentar ser objetivo em todas as questões, em tudo na sua vida. Acredito que eu siga, na maioria das vezes, o meu coração, pois eu não lido bem com emoções. É fácil me tirar do sério, e ainda mais, me deixar feliz.
Os sentimentos têm essa força sobre mim que eu não sei explicar. Acho que isso irrita as pessoas. Não queria ser assim...
Ao mesmo tempo, eu sou muito realista, ou, digamos, pessimista mesmo: considero o lado ruim antes de fantasiar qualquer coisa.
Ultimamente eu tenho deixado meu coração mandar demais... Seria isso uma afronta à razão? Eu deveria deixar de dar corda aos meus sentimentos e me tornar alguém um algo que... frio?
Aí vai um texto que muito gostei sobre esse assunto. Espero que gostem:

Quem disse que o sentimento é kitsch?

Todas as cartas de amor são ridículas, já advertiu poeticamente Fernando Pessoa na voz do seu heterônimo Álvaro de Campos. Não só as cartas de amor, ele acrescentou, mas também "os sentimentos esdrúxulos".

Na verdade, por pudor crítico, a gente tende a achar ridículos todos os sentimentos, ou todas as cartas e confissões sentimentais, esquecendo-se de que, como disse Pessoa no mesmo poema, "só as criaturas que nunca escreveram cartas de amor é que são ridículas".

Em matéria de emoções, o medo de ser ridículo nos faz mais ridículos. Impomos tantas restrições ao que vem do coração que somos capazes de exibir idéias pobres com o maior desplante, mas temos vergonha de demonstrar até os melhores sentimentos, ainda mais agora que os ventos pós-modernos propõem a razão cética e a lógica cínica como visão de mundo, confundindo tudo com pieguice, fraqueza ou capitulação sentimental.

Isso fica claro em certas situações críticas, na solidão noturna de um corredor de hospital, diante de riscos impensáveis, em face da doença de um filho. Nesses momentos, a alma cheia de cuidados e desassossegos se abre para o despudor sentimental, para a onda de solidariedade com a qual amigos, ah, os amigos, banham a nossa angústia.

Aí o que vale não é a linguagem convencional, incapaz de descrever a experiência, mas as formas emocionais de comunicação. Não importam os significantes mas os significados, os gestos gratuitos, aparentemente sem utilidade, uma palavra apenas, às vezes nem isso, um toque, um bilhete, um aperto de mão, um abraço mudo, um olhar úmido, um símbolo - nada de novo, de original, mas quanto conforto!

Costuma-se exaltar a cabeça como fonte da razão e denunciar o coração como sede da insensatez, como músculo incapaz de ter autocrítica e de ser original. Que seja assim. E daí? Nada pior do que uma idéia feita, mas nada melhor do que um sentimento usado. A cabeça pode gostar de novidade, mas o coração adora repetir o já provado. Se as idéias vivem da originalidade, os sentimentos gostam da redundância. Não é por acaso que o prazer procura a repetição.

As teorias da comunicação ensinam que só há informação quando há originalidade, ou seja, quanto menor for a redundância de uma mensagem, maior será a sua taxa de informação. Se você comunica a uma pessoa o que ela já sabe, a quantidade de informação é zero.

Não há dúvida de que isso funciona para a informação semântica. Ninguém lê jornal de ontem, nem vai atrás do já visto. Quando se muda de campo, porém, e se entra no terreno da mensagem sentimental, lírica ou emocional, parece ocorrer o contrário: o amor, a amizade e o afeto são recorrentes, insistentes, precisam, pedem confirmação.

Talvez por isso a gente não se canse de revisitar a poesia, a mais lírica das expressões. A redundância não diminui a beleza nem o teor poético de um poema. Nada mais prazeroso do que repetir versos de cor. Houve uma época em que nós, adolescentes, declamávamos poemas como hoje se recitam letras de rap. Revidava-se Drummond com Bandeira; a um Lorca se respondia com um Pessoa; cultivava-se João Cabral de Melo Neto e havia sempre um Vinicius para acalentar uma cantada.

A poesia serve para disfarçar o pudor e serve também para exprirmir o indizível - aqueles estados de intensidade emocional que exigem formas requintadas e duradouras de expressão. Em certas horas, o melhor remédio são versos esparsos de esquecidos poemas. Eles vêm ao acaso, trazidos pela memória involuntária. "O sol tão claro lá fora e em minhalma anoitecendo'', de Bandeira, ou "Esta manhã tem a tristeza de um crepúsculo", também dele. "Há um amargo de boca na minha alma", de Pessoa. "Apagada e vil tristeza", de Camões, e assim por diante, como se fosse uma antologia do coração.

Em A insustentável leveza do ser, o best-seller que todo mundo leu nos anos 80, Kundera escreveu várias páginas sobre o perigo da manipulação de sentimentos pelo poder que em geral leva ao kitsch político, ou seja, à contravenção, ao engodo na política. É preciso cuidado porque o fenômeno ronda todas as formas de expressão do homem e está sempre à espreita das realizações artísticas.

Tudo bem, todo cuidado é pouco, não se faz arte com bons sentimentos - o kitsch é o mau gosto estético. Mas quem disse que a vida é uma obra de arte? Quem disse que o sentimento é kitsch?

(crônica publicada no Jornal do Brasil, em 12/8/95. Zuenir Ventura. "Crônicas de fim de século".)

~*~

Música:

"Samba para Dom Casmurro" - Manacá & Michel Melamed

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quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Olá, sou eu...?



Eu estou com essa música na cabeça, e eu preciso postá-la aqui, porque a versão do Glee é muuito melhor que a original (desculpa ae Lionel Richie... xDD), e a letra é linda!
É indescritível... Só escutem-na e leiam a tradução enquanto escutam e vão me entender....

Hello | Olá

I've been alone with you inside my mind | Estive sozinho com você em minha mente
And in my dreams I've kissed your lips a thousand times | E nos meus sonhos te beijei umas mil vezes
I sometimes see you pass outside my door | Às vezes eu vejo você passar pela minha porta
Hello, is it me you're looking for? | Olá, sou eu quem você procura?

I can see it in your eyes | Posso ver isso nos seus olhos
I can see it in your smile | Posso ver isso no seu sorriso
You're all I've ever wanted, (and) my arms are open wide | Você é tudo o que eu sempre quis, (e) meus braços estão bem abertos
'Cause you know just what to say| Porque você sabe exatamente o que dizer
And you know just what to do | E sabe exatamente o que fazer
And I want to tell you so much, I love you... | E eu quero tanto te dizer, eu te amo...

I long to see the sunlight in your hair | Eu desejo ver a luz do sol no seu cabelo
And tell you time and time again how much I care | E te dizer diversas vezes o quanto eu me importo
Sometimes I feel my heart will overflow | Às vezes eu acho que meu coração vai transbordar
Hello, I've just got to let you know | Olá, eu tenho que fazer com que você saiba

'Cause I wonder where you are | Porque eu me pergunto onde você está
And I wonder what you do | E me pergunto o que você faz
Are you somewhere feeling lonely, or is someone loving you? | Você está em algum lugar sentindo-se sozinho, ou alguém está te amando?
Tell me how to win your heart | Diga-me como ganhar seu coração
For I haven't got a clue | Porque eu não tenho nenhuma pista
But let me start by saying: I love you... | Mas deixe que eu comece dizendo: eu te amo...

Hello, is it me you're looking for? | Olá, sou eu quem você procura?
'Cause I wonder where you are | Porque eu me pergunto onde você está
And I wonder what you do | E me pergunto o que você faz
Are you somewhere feeling lonely or is someone loving you? | Você está em algum lugar sentindo-se sozinha, ou alguém está te amando?
Tell me how to win your heart | Diga-me como ganhar seu coração
For I haven't got a clue | Porque eu não tenho nenhuma pista
But let me start by saying... I love you | Mas deixe que eu comece dizendo... eu te amo


Ahhhhh... não é linda, gente? O melhor é ver a cena do episódio... muito lindaa!! Assistam, o link está no título da música!

;*

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sexta-feira, 6 de agosto de 2010

O 4º lugar na UEM é MEU!


Nossa, não sei como explicar o que é sentir que você fez algo certo pela primeira vez na vida!!! É muuito bom! Você não se sente um inútil como sempre se sentiu, sabe que pode ser útil em algo, nem que seja pra passar numa provaa!!! E o melhor é saber que você mereceu isso! Que você trabalhou por isso!
Bom, é o primeiro vestibular que eu prestei. Nunca tinha feito nem treineiro. E eu prestei pra um curso que eu quero muuito fazer (História), e é um uma Universidade estadual! Até que teve pouca concorrência, mas eu não esperava um quarto lugar. Estava esperando um 15º, 20º, algo assim... xDD! Achei que tinha ido muuito mal (e fui...), e até achei estranho ter passado! xDD!
Surpresa total! xDD!! Não consigo explicar isso que eu estou sentindo... É como se todas as injustiças não tivessem sido ignoradas, entende? E agora eu estou recebendo reconhecimento... É magnífico isso!

Até que enfim eu estou postando sobre algo bom, não é?! O que passar num vestibular não faz na vida de quem está no 3º ano do Ensino Médio, hein?
Bom, aí vai o texto de uma comunidade do Orkut, chamada: "Quando eu passar no vestibular". Eu achei esse texto muito legal, e, claro que exageradamente, reflete um pouco do que eu estou sentindo. É uma vontade de sair gritando pros quatro cantos que EU TIREI A VAGA DE UM PARANAENSE! xDD!!
:
"Ah... Quando eu passar no vestibular... Eu vou chegar em casa, quebrar a TV e gritar "NINGUÉM RECLAMA, QUEM MANDA AQUI SOU EU!" Eu vou sair pelo Nordeste viajando por todas as praias e surfando até em poça de lama. Eu vou pagar uma babá pra me dar comida na boca e trazer pinico preu num ter que sair da rede. Eu vou aprender Alemão, Japonês e Inglês. Eu vou tocar violão, baixo, bateria e gaita. Eu vou dormir tarde e acordar tarde, dormir cedo e acordar tarde, não dormir e passar três dias acordado. Eu vou beber dois barris de chopp, três garrafas de vinho, 1 grade de cerveja e 2 litros do uísque mais caro do super-mercado. Eu vou fazer uma camisa com letras garrafais "EU SOU FODA" e usá-la quando for mandar cada um que disse que eu não passaria "tomar no cú"! Eu vou chegar pro primeiro policial que encontrar na rua e mandá-lo pruma porra, e se ele achar ruim eu digo logo: "Você sabe com quem você tá falando? EU PASSEI NO VESTIBULAR!" Ah, quando eu passar no vestibular..."

É mais ou menos assim que eu me sinto! Háháhá!!!
~*~
Música:
"Burn it to the ground" - Nickelback
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quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Frágil


As coisas são tão frágeis... As pessoas são tão frágeis. Sabe quando você pensa que está tudo bem, que as coisas realmente vão melhorar, talvez não pra você, mas para quem está à sua volta, e você, não mais que de repente, vê tudo desmoronando? Vê tudo caindo como se fosse um castelo de cristal que havia sido acabado de ser construído? Castelo este que havia sido construído já em cima de um terreno muito áspero, cheio de pedregulhos, que já estava surrado pelo tempo e pelos pés que ali pisaram?
Aí você percebe como as coisas são frágeis. Como o que levou semanas para se consolidar pode ser destruído num único dia. Como uma pessoa que você ama pode simplesmente ignorar as pessoas ao seu redor e tomar uma decisão precipitada, falar precipitadamente e estragar todo um sistema, uma união que estava sendo criada. E, ainda, sente indignação, pois como pôde não ter pensado antes de fazer qualquer coisa quando sabe que se deve pensar mil vezes antes de agir? antes de tomar qualquer decisão? Está lidando com pessoas. Diferentes almas, diferentes corações, diferentes desejos, ânsias, ambições... Não se pode sair por aí fazendo o que bem quer quando se vive em sociedade! Principalmente se esta for a familiar...
O sentimento é de incredulidade. Sentimento de insegurança, de medo, de pavor. O coração bate aos pulos, arritmado por vezes, tentando se acalmar ao mesmo tempo. Os olhos querem chorar, mas você tem que segurar o choro, porque você já aprendeu que chorar não vai levar a nada, só vai levar as pessoas ao seu redor a te perguntarem o por quê do choro e você não poderá responder: é muito pessoal para ser dito.
E o pior... É não poder fazer absolutamente nada. E, quando se tenta fazer, tudo pode dar horrivelmente errado. E você não quer que tudo dê mais errado do que já está.
É uma droga sentir isso. Sentir que tudo é muito frágil. Sentir que tudo é destruído bem à sua frente e você não pode fazer nada, querendo fazer algo. E rápido.
~*~
Música:
"Sonata ao Luar"
- Ludwig van Beethoven.


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terça-feira, 3 de agosto de 2010

Perséfone, a menina-mulher


Eu não sei vocês, mas eu gosto de fazer alguns testes de perfil na internet de vez em quando... xDD! Principalmente se forem testes para mulheres mesmo, não testes como
"Quem do filme Harry Potter você é?". Lógico que estes testes eu também faço, mas com quase nenhuma frequência...
Bom, o teste que eu fiz hoje deu bem certo, viu? Fiz uma vez, mas não foram respostas muuuito sinceras, então eu fiz de novo... Aí deu certo! Hehehe!
Aí vai o resultado:

Perséfone, a deusa menina-mulher

Atraente e sedutora, mais do que amar a um homem, este tipo ama o amor de um homem

"A gente não nasce mulher, torna-se mulher".

(Simone de Beauvoir)

Coré desempenha o papel da filha que estabelece uma relação profunda com sua mãe (ao contrário de Atena, que se identifica mais com o pai). Seu mito representa o rito de passagem envolvendo a transição da menina que se torna mulher.

A adolescente Coré não sabe o que fazer com o seu enorme poder de sensualidade que mexe com os homens onde quer que ela passe. Sua mãe, Deméter, na verdade não quer que ela cresça porque tem medo de se afastar da filha. Deste modo, ela chega à flor da idade sem saber direito o que são o amor e o sexo.

Seu poder de sedução é inconsciente para ela, é puro e virginal. Talvez por isso encante Hades, o deus do submundo, que a rapta e a leva consigo para o reino dos infernos. Sua mãe, desesperada, começa a vagar pelo mundo levando a tristeza e a fome por onde passa.
O curioso é que Coré finalmente amadurece ao desposar Hades, descobrindo uma nova realidade e um novo papel a desempenhar agora que já é uma mulher. Flexível, ela se adapta à vida do parceiro e não vê problema em se tornar dependente dele (como, de certa forma, ela também era em relação à mãe).

A transformação pela qual passa faz, inclusive, com que mude de nome, passando a se chamar Perséfone. Hades permite então que ela visite a mãe uma vez por ano para acabar com o sofrimento da sogra. Perséfone passa a transitar de forma mediúnica entre dois mundos. Ela já é uma mulher, conhecedora dos mistérios e da sabedoria feminina.

A mulher Coré/Perséfone

O mito de Coré/Perséfone trata da criança dependente e inocente que vive em busca de proteção e tem medo de ser deflorada. Finalmente, quando descobre a sua sexualidade se torna capaz de amadurecer e dominar os segredos da mulher. Sua sensibilidade, contudo, abre seus olhos para que não se esqueça da sua mãe, cuide dela e feche o ciclo interrompido com o seu sequestro.

As mulheres de natureza Coré/Perséfone geralmente são escolhidas pelos homens (ao invés de escolherem), pois mais do que amarem a um homem, elas amam o amor de um homem. Como permanecem ligadas à mãe, podem seguir a mesma carreira e o mesmo estilo de vida que ela, fazendo de tudo para que o marido e os filhos sempre almocem em sua casa nos finais de semana. Já Deméter, sua mãe, torna-se a avó/sogra dominadora que assume os netos e se mete na vida do genro. Perséfone é feliz, pois se realiza na passagem para a vida adulta e entende que a vida só faz sentido quando seguimos o fluxo natural correspondente a cada idade específica.

A lição para as mulheres de natureza Coré/Perséfone é não evitar as transições entre as diferentes fases da vida, sob pena disto ocorrer de fora para dentro e de forma abrupta ou violenta. No fim, aquilo que se temia ou se queria evitar irá se mostrar fonte de sabedoria e profundamente prazeroso.

Lifestyle

Perséfone representa a transição da menina para a mulher. A descoberta ao mesmo tempo da feminilidade e da maturidade se revela em todos os interesses da vida da Deusa. Ela brinca de mostrar e esconder com roupas da série romântica & sensual. No guarda roupa: renda, tule, corsets, babados, laços, corações, vestidos, sapatilha e salto alto.

Tranças e rabo de cavalo são os penteados prediletos. A trilha sonora? Lilly Allen, Lady Gaga, Jacques Brel, Marcelo Camelo e Pitty e Luiza Possi.

Fim! Sabe o que é mais engraçado? Agora mesmo eu estou usando um rabo de cavalo, e eu escuto Lady Gaga e Pitty! xDD! E eu já ouvi por um tempo Luiza Possi... O.o"! Que coisa, não?!

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Música:

"Smile" - Lily Allen (versão do Glee)

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