"Há tantos anos me perdi de vista que hesito em procurar me encontrar. Estou com medo de começar. Existir me dá às vezes tal taquicardia. Eu tenho tanto medo de ser eu. Sou tão perigoso. Me deram um nome e me alienaram de mim." - Clarice Lispector.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Dreamcatcher

" Às vezes construímos sonhos em cima de grandes pessoas... O tempo passa... e descobrimos que grandes mesmo eram os sonhos e as pessoas, pequenas demais para torná-los reais! " - Bob Marley.

É bem isso mesmo o que eu estou sentindo agora. Por um motivo inútil, como sempre.
Eu sou muuito tosca. Supervalorizo as pessoas. Eu sempre gosto muito mais delas do que elas de mim, ou acho que elas me consideram tão importante quanto eu as considero.
As coisas não são bem assim, não é?
A gente nunca é tão importante quanto pensa que é. É a mania do ser humano de se achar o centro das atenções. O Fato de eu ter um blog e pedir pra que as pessoas o leiam e comentem a cada postagem já mostra isso.
Nossos sonhos são ideais. Cabe a nós torná-los reais. Mas eles nunca saem conforme o planejado... Ou, quando saem, acabam facilmente, ou são tão frágeis que um simples sopro pode desmanchá-los.
Vocês sabem o que é um filtro dos sonhos? É um negócio desses que está na imagem. Não sei ao certo a história deles, mas sei que eles servem pra filtrar os sonhos ruins e deixar que só os sonhos bons cheguem ao dono desse filtro.
Eu preciso de um desses. Mas um real, um que caminhe sempre comigo. Não posso e não devo ser uma menina sonhadora e idealista. Esse tempo já passou. Agora eu tenho que enfrentar uma coisa chamada vida.
Ou talvez eu esteja totalmente errada. Espero que sim. Uma vida sem sonhos é um tanto que triste pelo o que ouço falar...

~*~
Música:
"No one would listen" - música excluída do filme "O Fantasma da Ópera" (2004).

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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

E será que eu consigo...?

" É preciso preservar a beleza dos nossos corações. Saber olhar com pureza de alma. Respirar como se nascêssemos a cada instante. Agir na calma e na serenidade. Cultivar uma flor, mergulhar em águas limpas. Ouvir uma melodia, agradecer a vida, não deixar que o encanto se dissolva diante do mundo. Surfar nas ondas do infinito até que a eternidade e o amor nos envolva, faça-nos vibrar e sentir a cada momento. "





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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

"Bring me your peace and my wounds, they will heal..."


É difícil a gente tomar as rédeas da nossa vida depois de, por anos, ter aprendido que se deve sempre ouvir, nunca responder, nunca emitir sua opinião. E tudo isso simplesmente porque você é novo, você não tem idade para opinar sobre isso e aquilo.
É difícil você emitir sua opinião depois de sempre ser taxado de "o errado", "o imaturo", "o irresponsável", "o insensato". Ademais, é difícil responder a certas perguntas sem antes ter um nó na garganta quando você sabe que a pessoa que te ouve vai pensar milhares de coisas se você responder de um jeito, e outras milhares de coisas se você responder de outro.
É duro aprender, durante anos, a ser uma pessoa desconfiada. Desconfiada não só de pessoas, mas de tudo, tudo mesmo.
É duro você se ver uma pessoa que não emite a própria opinião porque aprendeu que deve manter certas aparências. E mais duro ainda é ser obrigado por outros a manter essa aparência.
Como eu disse, é duro tomar as rédeas da própria vida. É duro também sair da zona de conforto que tudo isso te proporciona. É até doloroso se levantar e dizer: "PORRA, ESSA É MINHA VIDA! DÁ PRA NÃO SE METER?". Ou então: "PUTA MERDA, DEIXA EU FALAR MINHA OPINIÃO SOBRE ISSO? VOCÊ ME ESCUTARIA?". Dá um nó na garganta só de pensar em falar: "NÃO GOSTOU DO QUE EU FIZ? MAS EU FIZ UM ESFORÇO DANADO! VAI BRIGAR POR ESSA MERDA? ESSA COISICA DE NADA? ENTÃO, FODA-SE, NÃO FAÇO MAIS NADA!".
Por quê? Por que é tão difícil? Porque você aprendeu que responder não leva a nada além de discussão e mais dor, mais desentendimento, mais sofrimento...
É realmente uma merda você se acostumar com sofrimento. Por quê? Lembra da zona de conforto? É isso... Você se sente muito bem - mesmo no sofrimento -, acostuma-se a ele e dele não quer mais sair porque tem MEDO de ser feliz, de acreditar que há coisas boas lá fora.
Aprendi que devemos pensar e fazer coisas boas, pra que tudo volte numa intensidade três vezes maior. É assim também quando sofremos e fazemos as pessoas sofrerem. E sabe do que mais? É difícil sair do sofrimento, porque, no fundo, TODOS GOSTAM DELE. Só não queremos adimitir...
Uma nova vida começa esse ano. Será como se eu estivesse renascendo mesmo. Sei que será difícil, muito difícil. Eu tenho uma zona de conforto pra enfrentar! Pra sair!
Se você que lê também acha isso, tome essa iniciativa comigo. E eu torço pra que dê muito certo!!
2011 pede atitude. Atitudes drásticas, sinceras, verdadeiras, do coração. Atitudes que mudem a situação atual, e que mudem pra muito melhor!
E 2011 pede tudo isso de nós!

~*~
Música:
"The Voice" - Celtic Woman.
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sábado, 22 de janeiro de 2011

Eu quero!


Eu quero uma casa no campo. Por quê? Simplesmente porque eu acho que a vida não precisa ser essa coisa pesada que nós pensamos que ela é. A vida, em si, a meu ver, é simples, e sendo simples, é muito emocionante, excitante, e repleta de paz, amor e magia, porque a felicidade está nas coisas simples. Ou melhor, felicidade é ter o que fazer. E, no campo, se tem muito o que fazer!
Não acredito que viemos ao mundo para sofrer. Muito menos para deixar que os outros sofram. A meu ver, minha visão de adolescente de 18 anos, me diz que a vida é mais do que sofrer pelos problemas humanos. É, além de um pouco - ou muito - disso, pra que nós vivamos em paz, em harmonia com as pessoas ao nosso redor, pra que nós façamos o bem sem ver a quem, ajudar os outros tanto quanto pudermos... Ou seja, a vida é simples! Extremamente simples! Ou deveria ser simples...
Então por que temos que viver engaiolados, numa selva de pedra, a ponto de derretermos de calor, ou morrermos soterrados num deslizamento, ou afogados num alagamento?
Eu gosto de coisas simples. Eu gosto de pessoas simples. Hoje passei um dia magnífico com pessoas da minha família, que eu ainda não conhecia, e que são super simples. Foi um dia único! Gostaria que todos os dias fossem assim... Sem preocupações de "gente da cidade"...

Por isso que meu projeto de vida, pelo menos hoje, é ganhar dinheiro pra comprar um terreno no campo e lá fazer uma casa com pelo menos 6 quartos, uma sala ampla, pelo menos 3 branheiros, uma cozinha razoável, pra lá poder levar meus amigos, meus pais, meus parentes, enfim... as pessoas que eu amo. Eu quero estar rodeada dos que eu amo, porque eu me sinto bem perto deles, eu me sinto eu mesma! Eu me sinto livre, eu posso gritar, correr, chorar, me jogar no chão e até bater os pés de raiva porque eu me sinto bem perto deles! E eu os quero sempre comigo!
Mas por agora, e por muito tempo, eu sei que terei que continuar vivendo na cidade, ganhando dinheiro, vivendo ao redor de pessoas que acham tudo muito complicado, tudo muito difícil, tudo muito duro... Achando a vida uma aventura muito dura de se viver... É uma pena que pensemos assim na maior parte das vezes...

~*~

Música:

"Casa no campo" - Elis Regina.


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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Eu tinha um sonho pra viver


"Eu tinha um sonho pra viver, mas eis que a vida foi mais forte, e de repente eu acordei... Mataram tudo que eu sonhei..."

~~

Essa postagem não é pra colocar culpa em ninguém, nem em algo em especial. Fato é que eu não vou mais prestar a UFMG. Não, e por vários motivos que não precisam ser ditos aqui no blog. Eu vim aqui só pra desabafar mesmo.
Sabe o que é você fazer um esforço danado o ano inteiro pra um sonho seu, um sonho de verdade, um sonho com esperança, um sonho de futuro, um sonho de uma vida inteira, um sonho que mudaria sua vida pra sempre... E depois você TER que desistir dele?
Quem é meu amigo sabe o quanto eu falava em estudar na UFMG. E sabe também que eu queria mesmo, de verdade. Era um sonho do coração mesmo. Eu queria muito ir estudar lá... Por diversos motivos... E já disse alguns aqui no blog...
Eu chorei tanto, mas TANTO, quando percebi que não ia dar mais pra ir...
Mas, fazer o que... com realidade a gente não pode idealizar. A gente tem que seguir em frente quando não acontece o que a gente quer...
Mas o pior é ouvir certas coisas que eu ouvi, tipo "Graças a Deus que você não vai pra lá, é muito longe! Ia ser muito cara te manter lá! É uma preocupação a menos! A gente tá numa situação ruim aqui, você tem que perceber! Pra que isso se você já passou numa faculdade?"
Eu sei disso. Eu percebo as coisas, droga...
Mas vocês podiam perceber que era um sonho meu. E, como disse um amigo meu, os sonhos acontecem poucas vezes na vida e valem por uma vida inteira. Vocês podiam ao menos deixar de fazer comentários como "Graças a Deus"... A gente só tem uma oportunidade na vida pra realizar os próprios sonhos, geralmente... E essa, eu perdi.
~*~
Música:
"Eu tinha um sonho pra viver" - versão em português de Cláudio Botelho pra "I dreamed a dream", do musical "Les Miserables"


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domingo, 9 de janeiro de 2011

Narciso


- Por que eu? - Fiz essa pergunta olhando nos olhos dele.
- Como assim "por que eu"? - Ele respondeu, um pouco indignado.
- Ah, você ouviu! Por que eu?!
- Por que não você? - ele me respondeu, também me fitando profundamente.
Isso me fez pensar. Quase todas as heroínas de filmes se perguntam isso depois que alguém se apaixona por elas - no caso das com "síndrome do patinho feio" -, ou quando têm uma grande decepção amorosa.
"Por que não você, sua idiota? Você acha que a sua vida é tão importante que você é imune aos sentimentos de outra pessoa? Ou você é tão perfeita que não pode nunca ser magoada, nasceu somente para ser feliz? Isso não é realidade! Iso não é vida! Esta tem seus altos e baixos - mais baixos do que altos, é verdade -, e todos passam por isso! Seria egoísmo seu pensar o contrário..."
É. Esta senhora que possui quatro letras em seu nome, a Senhora Vida, me disse isso. Enquanto eu olhava profundamente nos olhos dele.
- É mesmo! Por que não eu?
- Alguém tem que ser o protagonista da sua vida, não é? - ele me respondeu, sorrindo como o de costume.
Ele sempre me dando matéria para pensar...
Talvez seja uma comédia. Talvez um romance. Talvez um drama. Quem sabe uma tragédia... Ou, sei lá, um drama romântico tragi-cômico! Não sei... Só sei que o protagonista da minha vida sou eu. Mesmo tendo problemas, baixa - ou nenhuma - autoestima, mesmo sendo infantil, irritante, extremamente imperfeita (Deus sabe como sou imperfeita!), esta sou eu. Minha história não será desenrolada por ninguém além de mim.
Não quis dizer aqui que minha história é um monólogo - pelo amor de Deus! Esse gênero só é bom mesmo no teatro!
É claro que nessa peça chamada vida haverão muitos personagens - praticamente algo comparado ao elenco de um musical da Broadway! -, mas o que quis dizer é que eu só serei a mocinha, a protagonista, da minha própria vida. E a cada dia, cada hora, minuto, segundo...
Sou eu quem vai rir, chorar, gargalhar, se machucar, se decepcionar, ajudar os outros, sofrer por outros (e com outros), pois embora me preocupe - e muito - com os outros, os sentimentos, pensamentos e ações partirão (ou não) de mim.
Não é isso que a nossa vida espera de nós?
- E então... - ele insistiu, depois de perceber que eu me perdia em pensamentos - Por que não você?
Hm... Ele sempre me dando matéria para pensar... Eu só não conseguia entender como ele conseguia isso tão facilmente e com tão poucas palavras.
- Hm. Exatamente. Por que não eu?

~*~
Música:
"Por que não eu?" - Kid Abelha.
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segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Deus criou tudo?




Alemanha – Inicio do século 20


Durante uma conferência com vários universitários, um professor da Universidade de Berlim desafiou seus alunos com esta pergunta:

“Deus criou tudo o que existe?"
Um aluno respondeu com grande certeza:

-Sim, Ele criou!

-Deus criou tudo? - Perguntou novamente o professor.

-Sim senhor - respondeu o jovem.
O professor indagou:
-Se Deus criou tudo, então Deus fez o mal? Pois o mal existe, e partindo do preceito de que nossas obras são um reflexo de nós mesmos, então Deus é mau?
O jovem ficou calado diante de tal resposta e o professor, feliz, se regozijava de ter provado mais uma vez que a fé era uma perda de tempo.

Outro estudante levantou a mão e disse:
-Posso fazer uma pergunta, professor?

-Lógico - foi a resposta do professor.

O jovem ficou de pé e perguntou:

-Professor, o frio existe?
-Que pergunta é essa? Lógico que existe, ou por acaso você nunca sentiu frio?

Com uma certa imponência rapaz respondeu:

-De fato, senhor, o frio não existe. Segundo as leis da Física, o que consideramos frio, na realidade é a ausência de calor. Todo corpo ou objeto é suscetível de estudo quando possui ou transmite energia, o calor é o que faz com que este corpo tenha ou transmita energia. O zero absoluto é a ausência total e absoluta de calor, todos os corpos ficam inertes, incapazes de reagir, mas o frio não existe. Nós criamos essa definição para descrever como nos sentimos se não temos calor.

-E, existe a escuridão? - Continuou o estudante.

O professor respondeu, temendo a continuação do estudante:
- Existe!
O estudante respondeu:

-Novamente comete um erro, senhor, a escuridão também não existe. A escuridão na realidade é a ausência de luz. A luz pode-se estudar, a escuridão não! Até existe o prisma de Nichols para decompor a luz branca nas várias cores de que está composta, com suas diferentes longitudes de ondas. A escuridão não!
Continuou:
-Um simples raio de luz atravessa as trevas e ilumina a superfície onde termina o raio de luz. Como pode saber quão escuro está um espaço determinado? Com base na quantidade de luz presente nesse espaço, não é assim?! Escuridão é uma definição que o homem desenvolveu para descrever o que acontece quando não há luz presente.
Finalmente, o jovem perguntou ao professor:

-Senhor, o mal existe?
Certo de que para esta questão o aluno não teria explicação, professor respondeu:

-Claro que sim! Lógico que existe. Como disse desde o começo, vemos estupros, crimes e violência no mundo todo, essas coisas são do mal!
Com um sorriso no rosto o estudante respondeu:

-O mal não existe, senhor, pelo menos não existe por si mesmo. O mal é simplesmente a ausência do bem, é o mesmo dos casos anteriores, o mal é uma definição que o homem criou para descrever a ausência de Deus. Deus não criou o mal. Não é como a fé ou como o amor, que existem como existem o calor e a luz. O mal é o resultado da humanidade não ter Deus presente em seus corações. É como acontece com o frio quando não há calor, ou a escuridão quando não há luz.

Por volta dos anos 1900, este jovem foi aplaudido de pé, e o professor apenas balançou a cabeça
permanecendo calado…
Imediatamente o diretor dirigiu-se àquele jovem e perguntou qual era seu nome?
E ele respondeu:
-ALBERT EINSTEIN, senhor!

~~

Esse texto só mostra como Einstein era realmente um gênio. Mesmo sendo um cientista, não deixou de ter fé.
Eu o aplaudo de pé, Albert Einstein!
~*~
Música:
"If today was your last day" - Nickelback
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