Faço linhas malfeitas para pessoas que pensam sentir o mesmo que eu. Talvez realmente sintam, não sei. O que sei é que o relógio é demasiadamente lento, e o estado de estar e não estar em um lugar é complexo. Este é o da viagem.
Quando se anda de um ponto a outro, nós estamos no lugar onde estamos, onde estávamos ou onde estaremos? Ou não estamos em nenhum deles?
Por que a hora passa tão devagar? O tempo é subjetivo, então? Sendo subjetivo, um segundo pode durar um minuto e vice-versa, certo? Então, ao mesmo tempo que o tempo existe, ele também não existe. Assim como o espaço, o lugar onde estamos. Ou não. No caso das viagens. E agora?
Se tempo e espaço são subjetivos e circunstanciais, isso significa, implicitamente, que somos nós que determinamos o que estes tempos e lugares significam. Logo, a existência nada mais é do que o que você pensa que ela é. Portanto, a vida tem as cores que você pinta. Ou não tem cor alguma, ou todas, ou uma, ou mil...
Nunca mais deixe-me com caneta e papel. É perigoso. Posso matar, morrer, criar, desmentir, construir e destruir em poucas, mal-traçadas e mal-escritas linhas.
Rod. de Lins - SP,
15/12/11,
12:55.
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