Tão perto quanto se pode estar
Tão longe quanto se quer estar
Tão insignificante quanto um grão de areia na praia...
Assim me encontro:
Entre eles e eu
Entre mim e o não estar
Não ser, não parecer
Tendo como essência a substância
Inconsistente de que os sonhos são feitos
Tendo como sentimentos
Somente reações afastadas
De todo e qualquer ser humano
Eu sou uma ilha
Sinto sozinha
Incomodo-me com o cômodo
E o incômodo me fascina
A compreensão tornou-se dúbia
E incompreensível -
Ou compreensível até demais,
E por isso complexa.
É possível? Vá lá e faça
É impossível? Ache um meio de possível tornar-se
Por quê?
Por que eu sinto tanto
Por pessoas que igualmente
Sentem tanto,
Porém não por mim?
É mais fácil amar sozinha...
... não é?
Muito mais que atração
Mais que repulsão
Mais que as razões magnéticas
Cinemáticas, elétricas, enfim,
físicas, eu te amo.
Amor firmado na proximidade da distância entre dois computadores,
Entre duas distâncias tão próximas
Que quase podem ser tocadas mutuamente
Distância
É um fator pessoal, subjetivo,
Intrinsecamente definido pela substância de cada ser. Ou do não ser, sendo.
O que mais?
O que mais se pode dizer?
Nada.
Nada é tudo que me resta.
O meu tudo é constituído de nada
Meu maior companheiro é a solidão
E não tenho pena de mim.
Rodoviária de Lins/SP.
15/12/2011.
12:45.
~*~
Música:
"Memories" - Within Temptation.
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