"Há tantos anos me perdi de vista que hesito em procurar me encontrar. Estou com medo de começar. Existir me dá às vezes tal taquicardia. Eu tenho tanto medo de ser eu. Sou tão perigoso. Me deram um nome e me alienaram de mim." - Clarice Lispector.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Inominável pulso gigantesco

Tem uma coisa dentro de mim... Algo maior que eu, mais forte. Tem um quê de alegria e um quê de tristeza. 
É mais rápido que meus pensamentos e menos enérgico que meus sentimentos. 
Essa coisa, seja lá qual ela for, sempre me diz o que fazer. Se não, ao menos, dá dicas do que fazer, do que pensar, do que sentir... Isso comanda meu viver. Impressionantemente me afeta mais do que qualquer outra coisa - mais que elogios, mais que erros, mais que xingamentos, mais que tudo.
Bem, eu não sei o que é isso. Só sei que pode estar localizado no centro do meu peito, entre minhas costelas, entre meus pulmões. Pode ser que pulse, porém não de maneira constante. Infelizmente, ele acelera e desacelera de acordo com os eventos vividos.
Ao certo você já percebeu o que é isso que habita o meu ser. Eu não sou feliz por isso ter o poder que tem. Seria bem mais fácil se pudesse retirá-lo quando pudesse, se pudesse expulsá-lo a mil pontapés. Mas não funciona assim. Nada na vida funciona desta maneira. Afinal, eu não sei o que realmente é isso. Se é isso mesmo o que gostaria de expulsar...
Por fim, sei só que isso por diversas vezes me faz rir, me faz chorar, e no momento me faz querer morrer. Sim, exatamente isso. Isso está me levando a crer que minha existência é insignificante a qualquer pessoa viva. Aliás, às pessoas vivas que deveriam se importar, porém, ou não se importam, ou disfarçam muito bem que não se importam.
Gostaria que vocês, pessoas que não se importam, entedessem que isso dentro de mim existe. Que eu existo. Que eu sou uma pessoa, sou um ser vivo com olhos, boca, nariz, orelhas, braços, barriga, peitos, umbigo, calcanhares, dedos mindinhos e isso dentro de cada ser humano. Isso que pulsa. Isso que não ouso citar o nome.
Eu amo vocês. Ou amava. Ou não sei mais o que sinto. Provavelmente é isso. Porém, quero que saibam disso: isso dentro de mim está cansado de viver em mentiras. Sejam de verdade, como isso dentro de mim é. Por favor. Eu pereço. Eu morro. Eu apodreço a cada dia. Por favor.

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sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Motivo de existência


Mas eu possuo essa melodia presa na garganta,
Esse canto preso em meu peito. 
 
Sinto que se não liberá-lo, poderei explodir,
evacuar meu ser em meio a esse caos de som e luz que é o Universo.

Mas esse canto... esse som... esse meio...
 
E, no fim, se há um motivo para sorrir nesta vida,
E se pudesse dizer somente um,
Diria este:
Há música!

~*~
Música:
"Cliquot" - Beirut.
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