"Há tantos anos me perdi de vista que hesito em procurar me encontrar. Estou com medo de começar. Existir me dá às vezes tal taquicardia. Eu tenho tanto medo de ser eu. Sou tão perigoso. Me deram um nome e me alienaram de mim." - Clarice Lispector.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Poema do desavexamento


Ô, neguinho... num se assuste não
Num se assuste não que num é essa a função
Desse meu querer assim, todo torto...

Ô, benzinho... num se intrigue não
Que o que tem dentro cá desse coração
Num chega nem perto do tamanho desse mundão!

Ô, meu denguinho... num se avexe não
Num se desiluda também não
E, principalmente, num descuide desse meu coração
Que ele te quer pra sempre, de montão!

~*~
"Os versos e as horas" - Letícia Persiles.*

*Quando sair a versão completa, edito aqui!
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sábado, 22 de novembro de 2014

Divagações sobre amor e universo particular



Ultimamente tenho pensado muito no amor e na capacidade ou não de amar que podemos ter. E pensei tudo isso sobre mim.


Será mesmo que eu seria capaz de amar incondicionalmente? Será que isso seria possível? Será que alguém poderia sentir o mesmo por mim?
Creio que essas perguntas não possuem respostas corretas, e nem teriam por quê ter. Com o passar do tempo, tenho percebido que sou aquele tipo de pessoa que se envolve o suficiente para não desaparecer na outra pessoa. Porque já fui assim. Já desapareci. Nas pessoas que amo de uma maneira geral. É difícil porque assim que percebo isso, preciso reencontrar minha essência, e reencontrando parte dela, perco-me novamente. Confuso? Pois é, acho que, como diz o clichê, não sou muito das que faz muito sentido quando o assunto é sentimento. Sei só que sinto. E muito, intensamente. Pelo período de tempo que for preciso, ou não, sentir.
Porém, o que quero levar em conta aqui é o modo como eu me relaciono com aquela pessoa que eu gosto de uma forma carnal. Acho que serei pra sempre aquela pessoa que admira, adora, ama... silenciosamente. Por mais que meus olhos e meu corpo todo demonstrem que amo completa e plenamente, sempre esconderei algo nos cantos do meu coração para que eu possa amar sozinha também. Pode ser que você chame isso de idealização da pessoa amada, e pode ser que seja, mas eu sinceramente acho que não é assim.
Faço mil poemas. Dedico mil músicas. Faço mil piadas. Juro mil amores eternos. E sinto que realmente seja assim, porque é. É como eu sinto e demonstro que sou humana, que amo.
Acho que por isso o amor que sinto não cabe em mim, não cabe em dois, talvez caiba em três... Mas não sei! Há muito que se viver e experimentar para saber se isso é verdadeiro mesmo!
Sei que não gosto de pensar que o ser do meu carinho me considere uma segunda opção, um step por assim dizer. Eu sou completa, transbordo quando em vez, e gostaria que a pessoa do meu carinho compartilhasse comigo essa plenitude, porque quando dois universos se colidem e compartilham a mesma expansão cósmica, é algo lindo!
Por isso eu tenho de avisar: eu não me incomodo em sentir sozinha, em saber que sentimentos verdadeiros nunca se vão, não me incomodo com o fato de eu ser inconstante e bastante contraditória por vezes. Não me incomodo pelo fato de isso ser o bonito do ser humano, toda essa multiplicidade que todos nós temos. Mas sei bem que isso me afeta, que a indiferença mata um pouco quando é muito intensa. Sei também que o ciúme é algo existente em mim e pode soar contraditório, mas isso me instiga a querer ser livre e querer o outro livre!
Que nos amemos como seres magníficos que somos e que possamos amar quantos nossos corações quiserem, e que isso transborde o universo de tal forma que todos se contaminem de amor e sejam verdadeiramente mudados para um mundo melhor! São desejos pretensiosos e quiçá impossíveis, mas será mesmo que é assim? Veremos!

"Meu amor não tema
Sobre o que as minhas mãos e meu corpo fizeram
Se o senhor não me perdoar
Eu ainda teria meu amor e meu amor me teria
Quando estava beijando o meu amor
E ela colocou seu amor embaixo, suave e docemente
No terreno do campo eu estava livre
Céu e inferno eram palavras para mim" - "Work song", Hozier.
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terça-feira, 18 de novembro de 2014

"O meu desafio é andar sozinho"

Ela sabia que desde cedo tivera que crescer muito rápido, agir com maturidade que nem conhecia. E ele sabia também muito bem disso. Por isso mesmo ainda há uma boa parcela de criança nela, mesmo após 11 anos de experiências doloridas e felizes.
A menina encontrava-se sentada debaixo da árvore costumeira, uma árvore grande e frondosa. Ela ignorava o nome dela - e quem disse que isso seria necessário?-, fato é que sempre se sentava ali para colocar seus pensamentos em ordem, principalmente aos pores-do-sol. Eram momentos mágicos aqueles. Ela pensava muito neste fim de tarde. Pensava em tudo aquilo que aprendera, e muito mais divagava naquilo que ainda aprenderia. Sabia que não seria fácil - foram muitas perdas, a maior parte dolorosas-, mas também que seria preciso.
- Como queria que você estivesse aqui para conversar comigo. Falar das coisas mais íntimas, intrínsecas em mim, para que você me clareasse as ideias, meu amado...
Ela dizia para si, em voz alta. É fato que havia anos não conversava com ele - aquele que sempre a fazia pensar e organizar seus pensamentos: ele mesmo! Porém, sabia que a culpa era dela, que o afastou de sua vida por anos, simplesmente porque julgou a vida demasiadamente rápida e ocupada para poder parar e divagar com ele.
- Ora, meu amor, eu nunca parti.  Sempre estive com você, disse que sempre estaria. - ele chegou-se perto dela e se sentou; seu coração de menina alegrou-se enfim - Por onde você esteve que não quis mais me encontrar?
Ela não sabia o que dizer. Também pudera, quase três anos de distanciamento voluntário da parte dela, e sem uma explicação completamente plausível, como mudança de cidade, estado, país, vida... Taí, eis um motivo suficiente - em partes.  Ela havia mudado de vida. Mas o quanto havia mudado? Isso não saberia dizer.
- Não se preocupe, isto não foi uma cobrança. - ele disse, tranquilizando-a com um abraço - Foi mais uma manifestação de saudade que senti por não mais conversarmos sobre as matérias do seu ser.
- Desculpe-me, meu amado, mas é que me perdi nesse mundo que adentrei, e criei, de uma forma tal que se fez difícil voltar à realidade de quem eu sou.
Ele sorriu para ela. Ela não tinha mudado tanto assim.
- Ora, parece-me que você não está tão perdida assim. Sabe até qual é o problema: aposto! - ele riu-se largamente - Mas se veio até aqui é porque precisa me contar. E eu ouvirei de todo o coração, como sempre fiz.
Ela mal havia começado a conversar com ele e já precipitava-se a chorar. Muitas coisas haviam ocorrido nesse pequeno espaço de tempo que se distanciaram - pequeno, que pareceu uma eternidade. Ela não sabia nem por onde começar, se é que havia como. Ela então olhou bem nos olhos dele e começou a contar:
- Lembra-se de como você me disse para ter coragem, entregar-me e ter paciência?
- Lembro-me como se fosse ontem, minha amada... - ele disse, tranquilizando-a e trazendo-a para si.
- Pois bem. Segui meu coração, entreguei-me àquilo que sentia ser o correto, porém meus passos me levaram a abismos profundos e intermináveis... abismos universais mesmo, que levaram consigo um pouco de mim todas as vezes que consegui, após muito esforço, sair deles. Mas como num pesadelo de que se acorda de supetão, sinto como se estivesse caindo ainda. Sinto como se esses abismos nunca fossem ter um fim e eu jamais me esborracharia no chão, mas jamais deixasse de cair... Entende o que digo?
Ela soluçava já. Não conseguia conter a avalanche de lágrimas que saía sobre sua face. Ele observava confuso quanto ao que dizer a ela. Normalmente, ele sempre teria o que dizer, mas agora não. E nem ele sabia muito bem o por quê.
- Bem, meu amor... Eu sei que é um caminho difícil o seu. Mas lembre-se que, se você nunca chega ao chão, é porque ainda não chegou ao final.
- Sei bem disso, meu amado... Mas eu queria não ter de encarar isso tudo sozinha! Será esse meu desafio? Eu queria tanto ter de volta todo o amor que eu tinha antes, tudo aquilo que perdi de forma tão dolorosa e rápida, como uma flecha sendo arrancada do meu peito: rápida e dolorosamente arrancada para que o sangue possa ser estancado mais facilmente. Contudo a ferida não se fecha, e não se fechará. Não adianta o que eu faça...
Ele parou. Olhou o quanto ela tinha se colocado em confusão naquilo tudo. Viu o quanto ela estava sofrendo por coisas que já não deveriam ser sofríveis. Coisas que ela deveria ter aprendido e deixado pra trás.
- Meu amor... - ele se pôs em frente a ela, olhando bem nos seus olhos lacrimejantes - você precisa fazer-se leve. Tudo isso te pesa muito, e não deveria mais. Guarde com você tudo aquilo de bom que sentiu e siga em frente, não olhe pra trás com a saudade que destrói, mas sim com a saudade que constrói, aquela que lembramos num dia bom, e continua sendo um dia bom.
Ela se perguntava como faria isso. Como poderia tornar-se leve depois de todo esse lamaçal de sentimentos e ações.
- Não precisa se preocupar. O tempo lhe mostrará o que fazer para deixar leve esse seu coração tão sentimental. E não importa que você jamais seja constante: essa é sua beleza mais linda! - Ele disse, já se levantando para ir-se embora - Lembre-se sempre disso: estou em você, vejo sempre o melhor de você. Nunca esqueça-se de me consultar sempre que preciso for. Você é um universo lindo.
Ela não queria que ele fosse embora, mas sabia que já era hora. Já era noite alta, estavam a conversar desde o pôr-do-sol.
Ele partiu após abraçarem-se. E ela sentiu como se fosse completa novamente. Sentiu-se um universo, enfim. Completo. Belo. Sempre em expansão e mutação.
~*~
Música:
"João de Barro" - Maria Gadú (composto por Leandro Léu). 


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quinta-feira, 16 de outubro de 2014

"A horse with no name"



Oi gente!!!! Estou eu aqui, novamente, para falar sobre as músicas que eu estou gravando ultimamente. Bem são músicas "simples", mas que eu tenho certa dificuldade em tocar, posto que comecei agora a aprender e também estar aprendendo sozinha.
É muito legal você aprender algo sozinho e principalmente sendo aquilo que você ama fazer. Porque eu amo música, como eu não canso de repetir.
Mas perceber o que você ama também te faz perceber aquilo que você não quer na sua vida. Faz você perceber aquilo que está tomando muito do seu tempo, sendo que não deveria estar. Pois é. Isso me faz lembrar o trecho da música, do refrão, que diz:
"No deserto você não consegue lembrar o seu nome, porque não há ninguém pra te causar dor".
Estar onde se quer estar, fazer aquilo que se ama, ou seja, estar no seu deserto particular (sozinho e sem mais ninguém para te criticar) é muito bom. Por isso não sentimos dor. Porém é preciso ter cuidado para não se isolar do mundo, não é mesmo?
Bem, eu citei essa parte da música porque eu me encontro num lugar que não desejo mais estar e também estou fazendo algo para minha carreira que eu não mais quero fazer. Como estou na "reta final", não pararei no meio do caminho. Mas com certeza, se pudesse ter parado antes e se pudesse ter me dedicado mais à música, estaria feliz como estou ficando há muito mais tempo.
Bom, essas são minhas reflexões de hoje... Segue o link da música original e meu cover ali abaixo, e também os vídeos que eu gravei antes ("Flores" e "Pra não dizer que não falei das flores" -> é só clicar nos nomes das músicas aqui).
Espero que gostem!
Beijos! 
~*~
Música:
"A horse with no name", America.
"A horse with no name", America, minha versão.

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quarta-feira, 8 de outubro de 2014

"Flores"

Outra postagem feliz, até porque consegui, por esses dias, tocar uma música com um ritmo mais rápido. E, pra minha surpresa, a música anterior "previu" a posterior. 
No vídeo que eu gravei depois de "Pra não dizer que não falei das flores", que pode clicar ali caso você esteja curioso e não tenha visto e queira ver, é claro, eu canto a música dos Titãs, "Flores".
Tenho um carinho muito especial por Titãs porque cresci ouvindo as músicas deles, entre elas esta música, mas também "Família", que me marcou muito, pois me sentia feliz cantando-a e me referindo à minha família.
Bem, pode ser que nem tudo sejam flores no momento, mas acredito que muitas coisas boas estão por vir. É preciso ter um pouco de esperança, não é mesmo?
Bem, deixo linkado ali abaixo a música original, para você comparar com a minha versão, abaixo da original.
Espero que gostem.
Beijos!

PS: estou estudando uma música mais complicadinha e que gosto muito pra gravar em breve... hehe!
~*~
"Flores" - Titãs.
"Flores" - Titãs, minha versão.
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domingo, 5 de outubro de 2014

"Pra não dizer que não falei das flores"

Hoje a postagem é alegre e festiva!
Faz algum tempo que venho querendo voltar a estudar música e algum instrumento dos que eu já estudei. Já estudei flauta, teclado e violão, além de ter estudado canto. Bom, voltei a estudar violão e anteontem (creio eu) postei no meu canal do youtube uma música que eu consegui cantar: "Pra não dizer que não falei das flores"... 
É uma música fácil de aprender, é claro. O começo pra mim no violão nunca foi fácil, principalmente porque minha coordenação motora não é lá aquelas coisas, hehe. Mas fiquei muito feliz de ter conseguido tocá-la e cantá-la até que bem.
Bom, é isso. Estou feliz por estar voltando à música, algo que faz parte da minha essência de uma forma que nem eu sei explicar direito. Sempre que me dedico mais a ela, me sinto feliz, eu mesma, completa e feliz. E só me dá mais certeza de que é isso que eu quero fazer pra minha vida toda mesmo
Enfim, espero que vocês gostem do meu canto e do meu (re)início na música!
Deixo pra vocês o link junto com a música, que sempre coloco ao fim!
Pra não dizer que não falei das flores, porque nem tudo nessa vida é feito de infelicidade, negatividade e pessimismo! Está aí meu testemunho de otimismo!!!
~*~
Música:
"Pra não dizer que não falei das flores", Geraldo Vandré
Meu cover - "Pra não dizer que não falei das flores (cover)", Geraldo Vandré.

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quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Quão cedo é agora?

Eu já disse milhões de vezes aqui no blog como músicas me movem, e dizem muito a meu respeito em certos momentos da minha vida. Pois é. Uma música em especial tem estado na minha mente hoje, e ela diz muito à minha situação atual. A música é do grupo The Smiths, muito famoso e tal, e principalmente uma música muito famosa deles: "How soon is now?"
Bem, por que essa música? Porque ela tem uma letra que faz muito sentido com o que ando sentido. 
Quem for ler aqui pode dizer "nossa, mas você só reclama da vida, não tem nada de bom na sua vida não? Que isso!"
Enfim, se a minha vida estivesse as mil maravilhas eu estaria escrevendo poemas, e não textos, e seriam poemas felizes. E sim, eu estou reclamando, porque todas as vezes que eu vejo que algo na minha vida não vai bem, eu reclamo. É como um clamor à vida, sabe?
Falando em clamor à vida, sinto ultimamente que não tenho vivido. Não tenho vivido tudo aquilo que poderia, que deveria, principalmente. E isso dói. 
É um daqueles momentos em que você percebe que está sozinho como nunca esteve antes, entende? Momento em que você está sozinho mesmo estando perto de pessoas, uma pessoa que seja... Como se a companhia não fosse o suficiente. E nunca é, vamos ser sinceros... Companhia não significa compartilhamento de vida. Não significa que não precise de nenhuma demonstração de afeto, nem nenhuma consideração. Isso em todos os âmbitos da vida, entre pais e filhos, amigos, namorados...
Confesso que eu mesma deixo muito a desejar. Eu tendo ao individualismo, mas sempre que percebo que estou fazendo isso, tento sair dessa redoma segura e impenetrável. Mas fica complicado quando todas as coisas te levam ao contrário, quando todas as coisas te levam ao isolamento total. Estou quase uma bruxa da sebe mesmo, aquela que fica sozinha, só me falta a casa no meio do mato...
Enfim, eu só sinto que não estou sendo amada, assim como não estou amando, como deveria, entende? É como se minha preguiça fosse de tal tamanho que nem pra acabar com esse sofrimento, seja me dedicando mais ou terminando de vez, eu fosse capaz... É complicado, e é algo que só eu posso fazer. Você tem alguma dica?
Deixo com vocês a tradução da música, ela diz bastante por mim:

"How soon is now?" - The Smiths

Eu sou o filho
E o herdeiro
De uma timidez que é criminosamente vulgar
Eu sou filho e herdeiro
De nada em particular

Você cala sua boca
Como pode dizer
Que eu levo as coisas para o lado errado?
Eu sou humano e preciso ser amado
Como todo mundo precisa

Eu sou filho
E o herdeiro
De uma timidez que é criminosamente vulgar
Eu sou filho e herdeiro
De nada particular

Você cala sua boca
Como pode dizer
Que eu levo as coisas para o lado errado?
Eu sou humano e preciso ser amado
Como qualquer um precisa

Há um clube, se você quiser ir
Você poderia encontrar alguém que te ame de verdade
Então você vai, e você fica sozinho
E você vai embora sozinho
E você vai pra casa, e você chora
E você quer morrer

Quando você diz que vai acontecer "agora"
Bem, quando exatamente você quer dizer?
Veja, eu já esperei demais
E toda minha esperança se foi

Você cala sua boca
Como pode dizer
Que eu levo as coisas para o lado errado?
Eu sou humano e preciso ser amado
Como todo mundo precisa
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quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Sentir. Apaixonar. Amar.



Engana-se quem pensa que eu não sinto mais
Sinto sim! Cada dia mais, e mais intensamente sinto!
Um sentir tão intenso que nem sei se cabe em mim mais!

Engana-se quem pensa que não me apaixono mais
Me apaixono sim! Demais!
A cada minuto, segundo, hora, dia...
A cada dia que passa apaixono-me mais

Meu amor é tão grande quanto cada universo dentro de nós
É tão plástico quanto cada suspiro
Tão rústico quanto cada fibra cardíaca
Tão eterno quanto a expansão do universo.

~*~
Música:
"Can't stop feeling" - Franz Ferdinand.
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terça-feira, 22 de julho de 2014

My sweet childhood


Há muitos anos eu não assisto mais a TV, por motivos pessoais, e um deles é que a TV já não mais me entretém. Então hoje em dia eu assisto a séries pelo computador. Uma delas vem me fazendo pensar em muitas questões, é "Friends". Acredito que quem nasceu na década de 1990 ou antes se lembra dela. É uma série que mostra a vida de 6 amigos, como eles vivem juntos e tudo mais... Eu acabei de assistir a um episódio que me fez pensar numa das muitas questões que a série me faz pensar.
O episódio que vi foi o de número 13 da sétima temporada. Os pais de Ross e Monica resolvem vender a casa deles, a casa onde eles cresceram e construíram suas memórias de infância ali. Ambos, Ross e Monica, ficam arrasados quando descobrem que a casa será vendida, mas mesmo assim vão lá para buscar suas coisas. Monica descobre que as coisas dela foram usadas para impedir que a garagem fosse inundada, então as coisas dela estragaram por completo... 
Bem, por que eu estou falando disso? Todos sabemos que época da infância é uma época muito importante, e não ter o que nos lembre dela é algo muito preocupante. É como se apagassem todos os anos antes de sermos quem somos hoje. Bom, de certo modo, eu me sinto assim.
Minha casa da infância foi vendida quando eu tinha 16 anos. Eu sinto muitas saudades de viver lá, foram com certeza os anos mais felizes da minha vida. Senti muita pena em ter q me despedir dela... Ficava perto da escola, perto dos meus colegas de rua, nós brincávamos na rua e tudo mais... Até inventei uma brincadeira estúpida que todos brincaram... haha! 
"Mas e as outras lembranças?", vocês podem perguntar, "tem sempre algo registrado em fotos, em coisas suas da infância..." Bem, não é tão simples assim... Por motivos que eu não quero citar aqui, muitas das minhas lembranças se foram. Foram jogadas no lixo, deixadas de lado, transformadas em outra coisa... Hoje mesmo, visitei minha avó e vi um abajur que me lembrou da minha infância... Mas foi dado à minha avó porque... Bem, não quero entrar nesse assunto, mas o que sei é que muito foi tirado de mim. Muito foi apagado de mim. Muito foi mudado sobre mim. E foi assim que a Monica se sentiu quando viu que todas as coisas dela foram destruídas.
E eu penso que é realmente assim. Nós somos compostos pelo o que fomos e pelo o que somos hoje, e também pelo o que seremos no futuro. Se por algum motivo nos esquecemos ou perdemos alguma das partes de nós, é como se nós perdêssemos parte da nossa essência, não é mesmo? Eu posso estar soando saudosista... mas pensem bem: fotos suas de criança, objetos seus, brinquedos, seu quarto... tirados de você? Como você se sentiria?
Hoje em dia eu não possuo um quarto. O que eu possuía, não me pertence mais. É como se eu tivesse pátria, mas não tivesse um lar. Entendem?
Esse processo não foi vivido por mim, não fui eu que quis fazer tudo isso... Foi-me imposto, por pessoas que eu não quero citar, mas tem a ver com a ida da minha mãe... com certeza tem...
É como se a lembrança dela fosse a única coisa que me prendesse ao sentimento de pertencimento ao lugar que vivo... ou costumava viver.
É exatamente como diz a música do Within Temptation:

"Neste mundo você tentou
Não me deixar para trás sozinho
Não há outro modo.
Eu rezei aos deuses para deixarem ele ficar.
As lembranças aliviam a dor por dentro, agora eu sei porque.

Todas as minhas lembranças mantém você próximo.
Em momentos silenciosos imagino você aqui.
Todas as minhas lembranças mantém você próximo.
Seus sussurros silenciosos, lágrimas silenciosas.

Me fez prometer que eu tentaria
Encontrar meu caminho de volta nesta vida.
Eu espero encontrar um modo
Para me dar um sinal que você está bem.
Me recordo novamente isto é o valor de tudo, então eu posso continuar seguindo."

Eu sinto falta de lembrar as coisas da minha infância. Sinto falta de sentir as coisas que sentia... É como se tudo tivesse me sido tirado e agora eu sou simplesmente aquilo que eu fiz num passado muito próximo. Às vezes eu me pego esquecendo tudo o que eu era... E sei como isso é ruim! Eu perco meu chão, meu porto seguro em saber que eu sou a pessoa que sou porque eu vivi tudo aquilo... entendem? Tentem imaginar isso... tentem imaginar que todo seu passado lhes foi tirado... o que sobra?
Vocês viram um pedacinho de "mim" por aí? Um pedacinho de "meu passado"? Se acharem, poderiam me devolver? Isso me deixaria muito feliz...

~*~
Música: 
"Memories" - Within Temptation.
.


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segunda-feira, 21 de julho de 2014

Questionamentos...

Muitas questões na vida são difíceis de processar e engolir. A trajetória do viver e ser é uma trajetória muito complicada e cheia de pegadinhas, não é mesmo? Mas ainda assim precisamos tentar ver o lado bom das coisas, se algo ruim acontece é preciso ver o que aprendemos com aquilo e encarar que o aprendizado que tivemos é algo bom, certo? Bom, não sei se sinto isso hoje. 
Sabemos que amizades vêm e vão, e algo sempre acaba no fim. Também sabemos que alguns nunca se vão. Mas o que fazer quando alguns muito queridos se vão de nossas vidas e nós ficamos pensando que poderia ter feito diferente? Ter mudado algo? E quando você percebe isso, mas é tarde demais para tentar algo que mude a situação atual? É só o tempo que tem que agir, então? Eu não sei... Novamente, questões que nunca responderei talvez...
Eu acredito que o mais bonito numa amizade verdadeira é ver os processos de cada um: como cada um mudou, o que cada um manteve... e ainda assim continuar amigos! Sem deixar de, é claro, "puxar orelhas" e dar conselhos quando necessário! Isso é lindo... Por tudo o que já vivi, acredito que isso sim é o que é a amizade... Anos passarem, distâncias se impuserem, pessoas entrarem no meio, mas nada mudar... o sentimento permanecer o mesmo, e a vontade de se ver, de se viver, ser a mesma sempre!
Relacionamentos... Não que eu seja a expert nisso, na verdade estou longe disso, mas eu creio que são difíceis, sejam eles quais forem... Ainda mais quando começam de uma forma e vão caminhando pra outra forma... Sabe aquilo que disse que acho que é lindo na amizade? É a mesma coisa no relacionamento. Acho lindo quando casais, mesmo depois de 7 anos ou mais, conseguem sentir pelo outro exatamente aquilo que sentiam anos atrás: aquele frio na barriga quando sabe que vai encontrar a pessoa, aquele frio na espinha de quando está perto da outra, não conseguir não pensar na outra pessoa... coisas assim que nos deixam tão bobos-alegres no começo e que, de alguma forma, pra muitos, vai se acabando... Aquelas declarações de amor do nada, aquele gesto que demonstra "eu não estou dizendo, mas eu te gosto muito, viu?", aquele elogio inesperado e sincero... Tudo isso falta muito, tudo isso deixa a relação humanizada, não-fria, entendem?
Esses dias me peguei me perguntando essas coisas... se eu ainda sentia isso... e fiquei preocupada em perceber como me acostumei a não ter tudo isso, entendem? Isso não é normal! Quem tem coração que sente as coisas como eu sinto não deveria se acostumar a uma coisa assim! É em momentos assim que me lembro como me sentia lendo Álvares de Azevedo, e como isso me fazia me sentir bem, e fico revoltada com o fato de não sentir mais isso, não sentir mais essas emoções tão sutis e tão lindas! Pra onde foi tudo isso? Em que momento me perdi de mim e não me encontrei? Será que é tarde demais para recuperar essa parte de mim? Por onde começo? 
Esse tipo de pergunta me mata por dentro... porque sei que a culpa é só minha! Eu me perdi de mim mesma e preciso recuperar a mim mesma... Você viu um trechinho de "mim" por aí? 
"Voltai, sonhos de amor e de saudade!
Quero ainda sentir arder-me o sangue,
Os olhos turvos, o meu peito langue...
E morrer de ternura!" - "Trindade", Álvares de Azevedo.
~*~
"Maurício" - Legião Urbana.
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terça-feira, 1 de julho de 2014

Corpo

Corpo é santo.
Corpo é o templo mais sagrado
Corpo é canto
Corpo é dança.
Corpo é vida
Corpo é abundância
Corpo é exuberância
Corpo é amor
Corpo é liberdade
Corpo é disciplina da alma
Corpo é alma do universo
Corpo é vivência em plena andança
Corpo é tudo
Corpo é nada
Corpo é o fim
Corpo é o início
Corpo é o meio.
Corpo... é corpo

E por isso é maravilhoso.

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sábado, 28 de junho de 2014

Importância dos ancestrais

Quando tocamos em certos assuntos na nossa vida, é impossível não pensar neles mais de uma vez e sob diferentes perspectivas. Bom, o assunto que chamou minha atenção foi a ancestralidade.
Muitas pessoas têm medo de envelhecer - isso aqui no ocidente. Por que isso?, eu me pergunto, por que achar algo tão natural, bonito e de tamanho aprendizado como sendo feio, algo a se evitar, não poder envelhecer jamais porque seria... feio? Isso pra mim não faz sentido. Eu sinceramente não gosto de fazer aniversários porque eu sempre vi o processo de envelhecer como não sendo bom - um ano mais próximo da morte, como eu costumo brincar. Mas eu vejo que é algo necessário e natural na vida. Pra morrer, basta estar vivo, e pode ser que morramos jovens, contrariando a ideia natural. Mas creio que o real motivo de eu não gostar dos meus aniversários é a ausência da minha mãe. 
Levando em consideração isso, podemos perceber a supervalorização da juventude no mundo ocidental. Comerciais têm jovens belos e esbeltos, que vivem o momento o máximo que podem... Mas quase nunca um senhor passando uma imagem de vitalidade - o que ocorre muito embora as pessoas não vejam os velhos assim. Eu acho isso tão errado... Os mais velhos são os que mais viveram e normalmente têm os melhores conselhos e melhores histórias pra contar - sem mencionar que são os que mais têm paciência e facilidade para ajudar a gente.
O que eu quero assinalar aqui é que os mais velhos, nossos ancestrais, são aqueles que têm mais a nos passar e nós normalmente não damos ouvidos. Ou quando damos ouvidos, não os valorizamos o suficiente, o quanto deveríamos. Muitas pessoas desrespeitam os mais velhos, e isso eu acho uma falta de consideração enorme, porque eles já passaram por tudo que nós passamos e um pouco mais.
Quando falamos em mais velhos e em ancestrais, lembramos logo aqueles que compõem nossa árvore genealógica. Muitas pessoas se sentem mal ou mesmo envergonhadas por ter a descendência que têm. Eu confesso que tinha vergonha, até perceber que eu sou quem sou e sou um ser muito sortudo e privilegiado de ter tido a descendência que tenho, porque eu vou dizer pra vocês, é uma honra ser descendente de um povo cheio de vida, de garra, de gingado, de musicalidade como eu sou descendente! É de invejar qualquer um! Hoje em dia eu tenho ódio de não ter tido mais descendência africana do que eu já tenho... hehe
Ainda mais tenho orgulho de ser mulher e descendente de tantas mulheres lindas e fortes!
Alguns que lerem o que eu estou escrevendo podem dizer que eu estou enaltecendo demais o passado. Não é isso. Eu acredito piamente que temos de viver o momento de agora sem nos esquecer dos que chegaram antes de nós e sem esquecer aqueles que virão.
Ou seja, temos de viver o momento de hoje sem nos esquecer do que já aconteceu e sem esquecer do amanhã. Isso não implica não viver, porque alguns pensam assim. Isso implica responsabilidade. Eu sou daquelas pessoas que acredita que liberdade vem com responsabilidade.
Bom, esse texto foi mais pra falar sobre minha indignação quanto ao descaso de algumas pessoas quanto aos mais velhos e seus ancestrais. Temos de observar nossas ações e palavras para que isso mude, caso quisermos. Caso não, eu sinto muito, porque quem não quiser aproveitar isso, está somente perdendo.

"Alguns são como água, outros como fogo
Uns são a melodia e outros são o ritmo
Cedo ou tarde todos terão virado poeira
Porque não continuam jovens"

Essa letra é da música "Forever Young", super famosa. Ela vem com a pergunta "Você realmente quer viver pra sempre, pra sempre jovem?". É uma pergunta digna de se refletir, porque embora seja muito bom ser jovem, também é muito bom ser velho. Há conhecimento, há vida, há energia, há aprendizado acima de tudo. Será que seria realmente bom viver pra sempre jovem? Não aprender realmente com o passar do tempo?
Enquanto não podemos responder essa pergunta, vamos viver e aproveitar a vida o máximo que pudermos. É assim que tem que ser!
~*~
Música:
"Forever young", Alphaville.
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domingo, 15 de junho de 2014

Iguais diferenças

Há tantas coisas que eu gostaria de conversar com você... De como eu tenho me esforçado pra ser uma pessoa boa, uma pessoa que, pelo menos, seja metade do que você foi... Uma pessoa de ideias claras, concisas... Uma pessoa inteligente, meiga, amiga, linda, enfim... Que tinha lá seus defeitos, mas quem não os têm? Acho que até seria chato demais viver num mundo onde todos são perfeitos...
Acho que nós somos muito parecidas, embora muito diferentes. Acredito que pelo modo que você me criou, e também pelo modo em que outras pessoas me criaram, eu me pareço em muitas coisas com você, e eu fico tão grata por tudo isso... Grata por ter nascido de você, por você ter passado parte da sua cura pra mim, porque sem dúvida foi isso que você me passou. 
Podemos não estar na mesma religião, mas eu sinto você como nunca antes. É como se eu tivesse me aberto para um caminho real, um caminho que realmente faz sentido com quem eu sou, e eu sei que você fez a mesma coisa, desde pequena... Eu também fiz, mas acabou que eu fui pra um caminho oposto, embora bem semelhante.
Eu só não quero, e não vou, ser a pessoa que vários dizem que eu seria, sabe? Aquela pessoa que só faz escolhas ruins, que só erra, que não "vai pra frente na vida"... E vamos combinar, né? Existe isso de escolha ruim ou boa? Eu não sei, a gente faz as coisas no momento em que vivemos, não dá pra ficar adivinhando como seria se tivesse sido diferente, não é mesmo? Não dá pra voltar no tempo e testar todas as maneiras possíveis pra ver qual é a melhor!
Eu queria conversar com você de novo... queria que você voltasse a me ouvir depois do seu longo dia de trabalho, sabe? Como quando eu te atrapalhava usar o banheiro pra conversar... Eu falava muito... Você me ouvia... Era demais! Passávamos um bom tempo juntas... e isso eu queria de volta...
Coisas que o tempo e a vida nunca apagarão e nunca levarão embora...
Mãe, eu amo você. E sempre amarei... Amei você naquela época. Amo você ainda mais.

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domingo, 1 de junho de 2014

Macaco num fio

Eu não sei vocês, mas eu amo música. E uma música que me foi apresentada por um amigo muito especial vem me fazendo pensar em muitas coisas, em muitas interpretações para essa música.
Antes de falar da música em si, eu gostaria de dizer para vocês o que a música significa para mim. Como vocês puderam perceber, se vocês seguem meu blog há um bom tempo (pelo menos 2 meses hehe), quase todas as postagens têm uma música relacionada, quando elas não são sobre essas músicas (o que é o caso de agora). Então, a partir disso, dá pra ver que eu tenho uma relação muito íntima com a música. Não por ser musicista nem nada, é só porque eu me desenvolvi - sim, estou falando dos meus primeiros nove meses de existência dentro da minha primeira casa, se é que me entendem - e cresci nesse mundo, um mundo cheio de música para tudo e toda situação. Acredito que seja isso que me faz viver, sabe? É um gás pra minha vida de certa forma. Por exemplo, eu tenho planos de fazer uma faculdade de música, não sei se vou conseguir viver de música, mas é meu maior e mais lindo sonho...
Fora que a música nos transmite tantos sentimentos... Alguns mais claros, outros mais sutis... Alguns significados que você nunca viu antes podem aparecer depois de dias, meses, anos... Música tem esse poder de se ressignificar o tempo inteiro, e eu acho isso lindo! Na minha opinião é o que há de mais belo... E há também casos em que as músicas passam uma mensagem que se perpetua verdadeira por anos a fio... Dá pra ver que amo música mesmo né? Haha.
Bom, então vamos à música em questão hoje. A música se chama "Monkey on a wire", que eu entendo como "Macaco em um fio". É uma música de Kasey Chambers e seu agora ex-marido Shane Nicholson. É uma música country, que eu guardo um carinho especial também.
Analisando a letra, quando eu a analisei pela primeira vez, eu entendi esse "macaco em um fio" como sendo o desejo, o sentimento que todos nós temos de mudar as coisas, de sair da rotina, de sentir as coisas como sendo realmente profundas, ou pelo menos de uma forma mais profunda. Pois bem, essa minha leitura não mudou desde então, porém saiu do âmbito particular quando eu prestei mais atenção ao clipe. 
O clipe se passa numa fábrica. Lembrou-me muito do filme "Tempos Modernos", do Charlie Chaplin, porque o empregado está lá fazendo as coisas de sempre, percebendo a mudança dos funcionários em máquinas, seres que só servem para alimentar o sistema vigente. E acredito que ele tenha se incomodado com isso, porque ele logo vê o macaco serelepe, que faz o que quer, sem se importar com o que os outros vão pensar... E vai atrás dele, até se tornar também um macaquinho. Ou seja, para mim, nessa minha segunda leitura do clipe mais a música, o que eles querem dizer? Para mim, eles querem dizer que nós não podemos, não devemos, e também não conseguimos, por mais que tentemos, nos render às garras de um sistema, uma rotina ou algo assim. Hora ou outra vamos nos rebelar, fazer algo para mudar, por mais que demore. E essa minha leitura me deu muita esperança, sabe? Como se a música ainda tivesse uma função que se perdeu em alguns estilos musicais: a função de fazer pensar e impelir o indivíduo a agir! Sim, porque como eu disse na postagem anterior, é importante que nós tenhamos ação também, pois não é só de pensamento e sentimento que se faz a humanidade e a nossa vida.
Essa foi a minha leitura secundária. A minha leitura primária da música me levou a pensar, como sempre, no indivíduo como se relacionando com alguém. Sim, porque o macaco está sendo seguido por uma pessoa, e no fim vemos dois macaquinhos juntos. Minha primeira leitura me levou a crer, também, que o "macaco em um fio" se refere aos sentimentos, e que por mais que nós não queiramos, estamos conectados a eles por um fio, por mais que este seja longo, distante, fino e quase invisível. E não dá pra esconder pra sempre os sentimentos, não é mesmo? Porque o macaco está no fio, e ele pode cair, ele pode se fazer presente balançando nele... Vez ou outra eles saem para brincar, pra se mostrar... E nos confundir! Haha! Ou não... Mas eu quero mais chamar a atenção para a segunda leitura, e também para o fato da música ser algo completamente flexível, cheio de visões e interpretações... Isso é lindo! Deixa a música com ainda mais significado a cada vez que é ouvida e sentida! Impele a gente a dançar e a cantar... Eu não sei vocês, mas pra mim é assim!

Era isso que queria falar com vocês. Abaixo eu vou deixar a tradução da música (eu que fiz, então, por favor, tenham paciência com erros! haha!) com o link do clipe! Espero que gostem tanto quanto eu gostei!


"Monkey on a wire" (Tradução) - Kasey Chambers & Shane Nicholson


Eles não fazem nenhum som, eles não tocam nenhum sino

Não deixando nenhum traço, eles não têm contos para contar
Eles não encontram nenhum lar, eles não fazem amor
Não fundindo nenhuma sombra enquanto se equilibram acima

Oh, aqui vou eu, eu e meu desejo

Todos têm o seu macaco em um fio
Oh, lá embaixo, líder do coral
Está esperando pelo próximo macaco em um fio

Eles não mantêm nenhum medo, nenhum segundo prêmio

Andando como Jesus com vudu em seus olhos 
Eles chegam de verde, eles partem de preto
Segurando rosas vermelhas com balas em suas costas

Oh, aqui vou eu, eu e meu desejo

Todos têm o seu macaco em um fio
Oh, lá embaixo, líder do coral
Está esperando pelo próximo macaco em um fio

Eles não fazem nenhum som, eles não tocam nenhum sino

Andando como Jesus com vudu em seus olhos

Oh, lá vai você, você e seu desejo

Todos têm seu macaco em um fio
Oh, lá embaixo, líder do coral
Está esperando pelo próximo macaco em um fio
Oh, lá embaixo, agasalhado no fogo
Esperando pelo próximo macaco em um fio.

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terça-feira, 27 de maio de 2014

Tudo novo de novo!

Como vocês puderam ver, eu repaginei o blog. Estava precisando dessa mudança, afinal de contas são 4 anos de blog e eu estou com a mesma "cara" desde 2010! Acredito que só mudei uma vez o blog, que foi a mudança para o último modelo...
É importante mudar, não acham? Eu acredito que seja muito importante porque os tempos mudam, as pessoas mudam, os pensamentos mudam... É claro, para aqueles que não acham que o tempo é algo estagnado. Eu não acredito nisso. Estamos todos em movimento, e sendo assim, é preciso que mudemos!
Agora o blog está mais "light", menos pesado, com um template mais leve, minimalista... Simplesmente porque eu acredito que menos é mais em algumas situações! E a situaçã ode agora é a do blog! C:

Estive pensando muito esses tempos. Tenho tido atitudes mais pensadas, mas ao mesmo tempo, tenho sentido muita coisa antes de fazer... É importante isso: pensar, sentir e fazer. Principalmente o último: fazer. Sim porque não adianta deliberar, sentir se você não agir, não é mesmo? É nesse sentido que eu tenho mudado minha vida.
Escolhi uma coisa nova para seguir e acreditar. Algo que, a meu ver, sempre esteve em mim, mas eu nunca tive culhões para seguir realmente. Faz pouco tempo? Sim, claro que faz pouco tempo, por isso estou mencionando a mudança.
Escolhi novas pessoas para conviver, mantendo algumas perto de mim que já estavam na minha vida. Simplesmente pelo fato de ter percebido que o amor de algumas não era verdadeiro, muito menos sincero... E isso é o que importa para mim. Eu creio que é mais importante você ser verdadeiro e sincero do que querer manter alguma coisa com suspeitas, falsidades... Isso não é bom, sabe? Faz mal pro coração, você vive uma vida pesada, pesarosa... 
Por isso escolhi essa imagem: ela para mim tem muito significado! Ela mostra uma mulher com uma flor em mãos, cabisbaixa, pensativa... E está com a sua sombra atrás e maior que ela. Sombra, ou efeito que fez ela ficar duplicada. Mas o que isso tem a ver com o que eu estou dizendo? Tudo. Simples: a mulher seria eu. A sombra seria tudo aquilo que eu já fui e a mulher pensa sobre tudo aquilo que já foi, que é e que será. Principalmente o que será. Mas pensa, não está com pena de si mesma nem de seu passado que está atrás dela: ela simplesmente aceita o que aconteceu e tenta mudar no hoje (através da reflexão) coisas que ela não gostava e pretende mudar.
Em certa medida, eu estou assim. Estou me entendendo com meu passado, deixando ele para trás, e seguindo em frente. Para um caminho que, ao meu ver, faz todo o sentido para mim. Um caminho muito belo mesmo, e muito importante para a transformação eterna que é a do meu ser. Sim, porque acredito que nos transformamos sempre, repetidas vezes, até que encontremos uma transformação constante que nos preencha o máximo possível.
~*~
Música:
"Someday" - Nickelback.
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domingo, 18 de maio de 2014

Strangelove

Ultimamente eu tenho me inspirado muito em imagens... Algumas imagens têm me inspirado a mudar, a repensar atitudes e pensamentos... E também escrever coisas! 
Tomem essa imagem por exemplo... Ela constitui-se de um casal nu, o homem atrás, a mulher na frente, ambos com os corpos colados, cabisbaixos... Mas o que me chamou a atenção foi: eles estão de mãos dadas e completamente entrelaçados.
Essa imagem me fez crer que esse é o fim de um relacionamento: você viver com a pessoa nos bons e maus momentos, sempre respeitando, apoiando, tendo consigo as dores do outro também. E quando esse princípio maior se esvai... Acho que o relacionamento já não mais existe.
Um relacionamento para ser duradouro, na minha opinião (alguém que tem quase ou nenhuma experiência nesse quesito), tem de ser dessa forma. Ambos têm que se apoiar, respeitar-se. Têm que entender que, muito embora vivam algo juntos, eles são únicos, completos, infinitos, livres, separadamente.
Também é preciso uma boa dose de paciência e compreensão porque cada um tem o que fazer em sua própria vida, e compartilhar vidas e algo muito difícil de se fazer. Por exemplo, se seu parceiro ou parceira trabalha muito e quase não tem tempo para os afazeres de casa, o mínimo que você pode fazer é tentar ajudar. Ou, por exemplo, se seu parceiro está cansado, doente, você têm de cuidar da pessoa.
Veja bem... não é uma obrigação, é algo que você têm que fazer porque você, em teoria, ama a pessoa... Agora, se você não ama a pessoa e não quer ter essas obrigações necessárias para se viver a dois, então não viva a dois, tenha um modo diferente de se relacionar... Estou dizendo aqui da relação a dois em que ambos vivem juntos.
Amor é uma coisa complicada sabe... Eu às vezes me pergunto mesmo se eu sei o que é amor. Acredito que saiba, se não estarei perdida... hahaha! Mas me pergunto isso porque... Amar dói. E algumas pessoas dizem que não deveria ser assim. Pelo menos pra mim, amar dói. Como na música do Depeche Mode: "Dor, você a retribuirá? Eu direi de novo: dor!"... 
Às vezes tenho vontade de correr, fugir, desaparecer... Acabar com tudo o que já construí. O que me faz correr de volta ao que tenho é pensar no que há por vir e no que já se passou. Mas é complicado isso... Será que é preciso se anular demais para isso? Eu creio que não, mas às vezes parece que sim, me dá a impressão de que sim...
Relacionamento é uma questão complicada... Mas creio que no fim de tudo tem que ser como na foto acima: ambos vão sofrer em algum momento, mas precisamos persistir e nos reinventar todos os dias para não nos perdermos em nós mesmos e no que criamos.
~*~
Música:
"Strangelove", Depeche Mode.
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