"Há tantos anos me perdi de vista que hesito em procurar me encontrar. Estou com medo de começar. Existir me dá às vezes tal taquicardia. Eu tenho tanto medo de ser eu. Sou tão perigoso. Me deram um nome e me alienaram de mim." - Clarice Lispector.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

E agora?

"Agora quando ela conta que vai conseguir eu estou supondo que ela tenha preferido apenas esquecer se contendo para não ficar sentimental. Disse que não iria mas, apesar disso, ela foi"
(tradução aproximada de um trecho da música "Fluorescent Adolescent")

O que você faz quando chega a um impasse? Admira-se com ele? Tenta arrumá-lo? Tenta outras estratégias para vencê-lo ou mesmo para superá-lo? Tenta decifrá-lo?
Eu não sei mais o que fazer. Como já disse outras vezes, quando se chega aos sentimentos eu me perco, confundo-me demais, e sempre sinto. E muito. Coisas até que talvez não deveria sentir.
Mas... eu conseguiria viver de forma fria? Não querendo nada além de ler milhões e milhões de livros, desenvolver teses, defendê-las, e viver nesse mundo das ideias (que também me interessa, diga-se de passagem), ao invés de sentir cada coisa? Em vez de querer, por exemplo, saber que alguém me ama em retorno?
Não. Eu não escolheria isso. Ser frio é pra quem, na minha opinião, desiste de viver. Ser frio não é uma coisa boa... Eu pelo menos penso assim. Desculpem-me os frios, mas é o que eu acho!
Acho que é necessário que exista qualquer coisa de loucura, de sentimento, de demonstração das emoções numa relação - seja ela qual for, mas principalmente na amorosa.
Talvez por isso eu tenha muitos problemas... São muitos sentimentos de intensidades muito grandes pra certas coisas que talvez não sejam da mesma dimensão que as sinto... Entendem?
Acho que isso não é demonstrável nem definível, mas é o que eu sou: um emaranhado de sentimentos com algumas pinceladas de razão. A razão, inclusive, quando vence, tende a render-se aos sentimentos. Mas fato é que meus sentimentos pedem ajuda da razão - e isso eu pude notar muuito bem. Principalmente por esses tempos.
Fato é que, como diz a música "Best of you", "my heart is under arrest again", mas não sei se deveria... Deveria? Será que disso sairá algo bom?
Eu não sei... Já avisei: quando sinto algo, sinto-o apaixonadamente, até às últimas consequências. Posso até não demonstrar, mas que há um tremor, há um receio de não dar certo, há.
Dará certo? Não sei. Talvez alguém possa responder, mas esse alguém não sou eu. E tampouco acho que vá responder. Infelizmente, perdemo-nos um do outro no início desse ano. Sim, foi recíproco. Sim, em dias diferentes, mas foi recíproco. Sempre foi, eu acho. Mas hoje estou confusa. Será ainda recíproco? Da minha parte, nada mudou. Nada mesmo. Tenha certeza disso. Desde o dia 21 de fevereiro de 2011... Aliás, noite dessa data.
Não é preciso que seja já... Não tenho pressa... Afinal, o que vem fácil quando se cava por ouro? ;)
~*~
Música:
"Fluorescent Adolescent"
- Arctic Monkeys.


1 comentários:

Isa disse...

Marii
já senti isso também , e vc tem razão ser frio não é a melhor opção , algum dia vc vai achar alguem que sinta o mesmo que vc ,no mesmo momento que vc.Mas enquanto esse cara não chega vc vai ter sempre seus amigos.bjinhooos

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