"Há tantos anos me perdi de vista que hesito em procurar me encontrar. Estou com medo de começar. Existir me dá às vezes tal taquicardia. Eu tenho tanto medo de ser eu. Sou tão perigoso. Me deram um nome e me alienaram de mim." - Clarice Lispector.

sábado, 31 de julho de 2010

Essa é a vida real? Isso é só fantasia?

















O que eu estou sentindo agora é indescritível. Só quem já sentiu pode saber como é realmente.
Sabe o que é você se sentir a pessoa mais excluída de todas? Eu não estou dizendo na escola ou no ambiente de trabalho, mas na sua própria casa mesmo.
É muuito ruim isso... Num dia, você acha que as pessoas se importam com você e que realmente sua família quer ser unida novamente e, no outro dia... As pessoas te ignoram como antes sempre fizeram.
Talvez seja culpa minha, que estudo mais do que vivo. Mas, não sei, acho que isso não justifica a exclusão de tudo, de todas as conversas.
Sabe o que é você não receber um abraço que você tanto queria? Sabe o que é querer dar um abraço, mas você não pode dar porque a pessoa que você queria abraçar diz que isso seria falsidade? Sabe o que é você tentar de todas as formas possíveis arrumar as coisas (não só materiais, mas sentimentais também) e nunca conseguir? Ou então, quando as coisas estão arrumadas, você sempre isolado, excluído de todo esse processo? Sabe como é fazer parte de uma coisa, mas efetivamente, não poder falar nada, não fazer parte realmente? Sabe como é isso?
Quem já passou por isso sabe com certeza...
Eu estou com um grito amarrado na minha garganta desde ontem. Por causa de diversas coisas, mas essas coisas que eu disse fazem parte desse grito guardado a força.
Eu só queria uma família plena. Isso é pedir muito? É pedir muito que as pessoas me escutem?
Bem, eu acho que sim, porque... Quando eu começar a ser ouvida pode ser tarde demais...
Ser ignorado é a pior coisa que existe. Não se sentir feliz na sua própria casa também. Não se sentir parte de algo de que você deveria sentir sempre também. É um sentimento de tristeza enorme, sentimento de exclusão. Você se sente como um ET, como alguém que, se for embora, não fará a menor falta, e você saberá disso mesmo antes de ir. Alguém que não faz diferença alguma, que nem fede nem cheira. Somente um acessório pra aumentar a população mundial e familiar.
Esse pensamento é cruel, não é? Imagine você sentir isso todos os dias, desde que você acorda até a hora de dormir...

"É muito tarde, minha hora chegou. Sinto arrepios pela espinha, o corpo dói o tempo todo. Adeus a todos, eu tenho que ir. Tenho que deixar todos pra trás e encarar a verdade. Mãe, eu não quero morrer, mas às vezes eu queria que nunca tivesse nascido realmente..."

Esse trecho é a tradução de uma parte de "Bohemian Rhapsody", do Queen. É assim que eu me sinto repetidas vezes durante vários dias.
Infelizmente.
Eu já disse que não queria postar coisas ruins aqui no blog, mas... É mais forte do que eu. É algo que eu tenho que deixar sair, senão posso ficar envenenada com isso. Mesmo que não seja pra pessoas ao vivo... Talvez niguém leia isso, é bem provável que não... Mas eu tentei.
~*~
Música:
"Bohemian Rhapsody" - Queen.

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